
Quero ser direto, mas não posso, quero dizer algo e não consigo. Sou obrigado a obedecer a uma série de convenções sociais ridículas impostas por não sei quem. Tenho que acomodar tudo em entrelinhas, e num momento de devaneio, tenho a esperança de que alguém apareça e pergunte sobre maiores detalhes.
Sou condenado se quero duetos, penalizado se enalteço a solidão, excomungado se me digo infeliz ou quase feliz. O que é certo então? Se te ligo pra saber como está, porque temo em, de início, dizer que estou com saudades e que amo mais que tudo em minha vida.
Para que lugar foram todos os amigos? Onde estão? Somente eu sinto falta – tenho dúvidas se esta frase é uma afirmativa ou interrogativa. Sempre questionei se o autoconhecimento é a chave para o conhecimento de outrem. Isso tudo está muito difícil, está ficando chato.
Se for pobre diabo, talvez nem o seja tanto assim. Talvez reine absoluto em meu inferno astral. A farta colheita de agora foi plantada por minhas mãos, e como semeei ervas daninhas! E mais uma vez deixei uma tonelada de pérolas na pocilga. Podem nem ser, mas os porcos se fartam.
E a luxúria, os devaneios e o nirvana, que raros se tornaram. Minha montanha russa de tudo. Minhas instáveis emoções. Tentadora oferta que desintegra minha quietude. Minha fera e seu medo. Seu ódio, minha busca, meu nó na garganta. A vida não tem nada de bela hoje.
Confuso. Passei a não me sentir bem. Mal de alma, dor de coração enfim. O que está claro nos outros é o mistério em mim. Decifra este enigma ou devora-me a carne. Cada erro, uma chaga e não repito nunca mais.
Onde está o defeito e o motivo da repelência? Qual o porquê de terem cortado sua luz? E desse assombroso curto circuito, não ando sabendo de nada mais. Sento, escancaro os dentes e espero? Agir de que forma então? A máscara caiu e eu nem sabia que usava. Devia ser feia dado o susto.
Pois bem, as palavras mudaram, talvez não. O sentimento é o mesmo. Aos poucos, o que resta acaba, e os substitutos não mais agüentam o peso. As manhãs estão mais frescas, as noites mais frias, um lado continua vazio. Demoro mais a escrever. Mas prometo ainda falar dos dias melhores.
Sou condenado se quero duetos, penalizado se enalteço a solidão, excomungado se me digo infeliz ou quase feliz. O que é certo então? Se te ligo pra saber como está, porque temo em, de início, dizer que estou com saudades e que amo mais que tudo em minha vida.
Para que lugar foram todos os amigos? Onde estão? Somente eu sinto falta – tenho dúvidas se esta frase é uma afirmativa ou interrogativa. Sempre questionei se o autoconhecimento é a chave para o conhecimento de outrem. Isso tudo está muito difícil, está ficando chato.
Se for pobre diabo, talvez nem o seja tanto assim. Talvez reine absoluto em meu inferno astral. A farta colheita de agora foi plantada por minhas mãos, e como semeei ervas daninhas! E mais uma vez deixei uma tonelada de pérolas na pocilga. Podem nem ser, mas os porcos se fartam.
E a luxúria, os devaneios e o nirvana, que raros se tornaram. Minha montanha russa de tudo. Minhas instáveis emoções. Tentadora oferta que desintegra minha quietude. Minha fera e seu medo. Seu ódio, minha busca, meu nó na garganta. A vida não tem nada de bela hoje.
Confuso. Passei a não me sentir bem. Mal de alma, dor de coração enfim. O que está claro nos outros é o mistério em mim. Decifra este enigma ou devora-me a carne. Cada erro, uma chaga e não repito nunca mais.
Onde está o defeito e o motivo da repelência? Qual o porquê de terem cortado sua luz? E desse assombroso curto circuito, não ando sabendo de nada mais. Sento, escancaro os dentes e espero? Agir de que forma então? A máscara caiu e eu nem sabia que usava. Devia ser feia dado o susto.
Pois bem, as palavras mudaram, talvez não. O sentimento é o mesmo. Aos poucos, o que resta acaba, e os substitutos não mais agüentam o peso. As manhãs estão mais frescas, as noites mais frias, um lado continua vazio. Demoro mais a escrever. Mas prometo ainda falar dos dias melhores.
Coro ao corte de luz da velha casa de um amigo.