19 de abr. de 2009

SEI LÁ O QUÊ

Tenho tanta vontade de escrever agora, mas não sei sobre o quê.
Tanta coisa se passa em minha cabeça, nada pára e nada tem solução.
Uma imensidão sem fim de desejos e sentimentos confusos. Coisas que sei que nunca voltarão, e outras que sei que jamais irão embora.
Penso em falar da luxúria, da libido que me contamina até meu fio de cabelo. Dizer palavras bem chulas, de baixa classe, com a única finalidade chocar e não de expressar o meu gosto pela lascívia.
Penso em sumir pra longe, recomeçar tudo de novo. Penso que não tenho coragem de deixar meu castelo pra trás, construído a duríssimas penas, pra alguns porcos chafurdarem sem nenhum escrúpulo.
Penso, mas hesito, em falar de minhas tristezas. São muitas sim, mas minha felicidade supera todas elas.
Já iniciei este texto pensando em escrever sobre uma menina de vida fútil, dona do mundo e sem mais o que fazer. Tive dificuldade na conclusão. Falar de uma vida vazia já é clichê. Achei meio besta e já dito.
Queria falar sobre uma comédia, mas meu sarcasmo, principalmente o de agora, impede-me.
Queria falar sobre o ser humano, mas todos que aqui freqüentam já conhecem o meu desdém por eles. O seu descompromisso, a sua capacidade de enganar e ainda conseguir dormir.
Outro assunto que talvez rendesse seria fazer um longo texto sobre almas gêmeas. Nem sei o que é isso. Algumas de minhas musas me disseram que as nossas almas gêmeas são nossos melhores amigos, e que os humanos ditos cônjuges, namorados, ou seja lá o que for, são meros acessórios destinados ao prazer sexual.
A vida é confusa, dita pela maioria que é bela. Concordo que é verdade. Penso que deveríamos ser poupados de certas coisas e que outras deveriam ser mais óbvias, dignas de maior entendimento.
Tenho muita vontade de falar sobre minha raiva, da minha vontade de esganar alguém, de falar aquelas verdades que guardo no peito.
Tenho impressão que já disse tudo isso.
Sério...estou meio cansado, entediado com tudo.
Descrente.
Sem nenhum assunto.

14 de abr. de 2009

BORN SLIPPY - Underworld

DEIXA QUIETO

Se estou distante, retraído, afim de mim mesmo.
Se afaste.
É assim, ninguém muda.
É errado ser certo. O que é correto deve ser refeito.
São grandes explosões com pequenas faíscas.
A vida é assim, um piscar de olhos.
O tempo urge, não volta pra rever erros.
Tenho dificuldade pra me cicatrizar.
Mesmo as mais pequenas feridas.
Desenraizado, no entanto radical demais.
Direto, reto...desfocado.
Calma nenhuma, soluções rápidas.
Quedas menores e maiores lucros então.
Então, se um dia me vires só.
E sentir uma tremenda vontade de ligar.
Deixa quieto o que não pode suportar.