10 de mar. de 2011

PAPO QUALQUER COISA

Deu vontade de falar de amor ou de qualquer coisa boa que remeta ao mesmo.

Ultimamente andava arredio, chatinho, meio que enegrecido pela fuligem de um monte de coisa nebulosa que me andou assolando. Mas acho que, em parte, é culpa da chuva que não pára. É cientificamente comprovado que as endorfinas sofrem uma influência climática, mas em mim é demais. Imagina o meu péssimo humor num domingo a tarde com céu nublado e chuva? 

Pois bem, falemos de amor.

Já reparou que amor escrito ao contrário é Roma? Seria Roma a cidade do amor? Não deve ser não. Dizem que Paris cumpre melhor tal função. Ou será Buenos Aires, Santiago, Nova York, Rio quem sabe, um final de semana em São Paulo? Sou pouco viajado, admito, e acho isso meio vergonhoso. Tenho um passaporte que já vai vencer e que nunca foi carimbado. Eu o tirei numa época em que estava doido pra sumir daqui, mas as coisas caminharam por diferentes veredas, e cá estou eu. Feliz, graças a Deus.

Enrola não. E o amor?

Só há amor quando duas ou mais pessoas estão em questão? Acho que sim. Sentir saudade, esperar alguém chegar, ver algo e presentear sem ter motivo algum, sair, dar umas corridinhas, comer uma pizza depois do trabalho, tomar umas três garrafas de vinho, falar um monte de asneira, chorar e desabafar sem ninguém pra te julgar. Uma lista infinita de coisas utopicamente bonitinhas que são feitas a dois. Só na Reserva. Sensaaaaaacional!

Deixa de show e vamos aos fatos, e o amor?

Fato é que gente tem me irritado. Ando meio fã de Heleninha Hoitman e Nazaré Tedesco, sabiam como se safar da asneira terrena. Uma afogava as mágoas em álcool e a outra o secador numa banheira. O máximo a que chego é num copão de vodka com energético, um trance psicodélico no talo e meus três mil metros de sempre só pra deixar os "zuin muliiiin"! Só que de vez em quando quero queimar os chapéus de palha na cabeça desses intelectualóides. O coisa antipática!

Tentei falar de amor, mas misturei um monte de coisa. Ficou qualquer coisa, algo sem sentido, ou talvez com muito sentido pra quem tem olhos pra entrelinhas. Mas acho que o amor é assim, um monte de coisa boa misturada, algo que nos torna seres bem bobos. Seres que falam numa linguagem de criança retardada. Digo que até mais agradáveis. Mais certos, tanto que até nas mais severas adversidades se sentem seguros e fortalecidos.

Só digo uma coisa, o amor é acordo, é manutenção e convivência. Sempre disse, apesar de minha limitada experiência. O amor é o dois em um. Qualquer coisa, muita coisa ou nenhuma. Sei também não. Cada um define o seu, sorte de quem tem, feliz de quem o mantém. Pois bem. Falei demais, prolixo eu, como sempre. Vamos dormir que está tarde. Amanhã mandamos a mensagem de sempre. Com Deus!

Este papo já passou de qualquer coisa.

Um comentário:

  1. Sabe de uma coisa, Ju?
    Você já tá pra lá de Marrakesh...
    Isso sem carimbo no passaporte!
    Imagina quando tiver, onde é que vc vai parar? rsrsrs...
    bacione!

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